BSB Sporting

Até quando o futebol de base vai jogar no silêncio?

Pode isso? Jogo sem público?

Até quando? A torcida já não aguenta mais, autoridades!!!

A presença da torcida é a alma do futebol. É ela que transforma cada jogada em espetáculo, cada lance em emoção. Se para profissionais isso é uma realidade, pra base ainda mais, esse apoio faz ainda mais diferença. Mas, em Brasília, essa conexão entre arquibancada e gramado está cada vez mais aquém.

Estádios grandes, mas vazios

O que deveria ser uma vantagem virou obstáculo. A capital federal tem uma série de estádios, mas que seguem interditados ou esquecidos. Muitos jogos acontecem, mas sem público. O eco das arquibancadas vazias toma o lugar do grito da torcida. Na Base, a coisa é ainda pior… as equipes recorrem aos clubes sociais por motivos diversos. E se deixar, buscam gramados “sintéticos”… “É o que tem pra hoje”…

Futebol mudo, atletas isolados

É preciso muita concentração para entrar em campo em completo silêncio. Para os jovens atletas, jogar sem torcida é uma experiência fria. E cada jogo sem público é mais uma oportunidade perdida de formar torcedores, envolver famílias e fortalecer o futebol local.

E agora nas semifinais?

Chegamos à fase semifinal do Candanguinho Sub-20 2025 — uma das etapas mais importantes da temporada. É confronto que vale vaga na mais tradicional competição de Juniores do Brasil: a Copinha, a Copa São Paulo, a Copa Sicredi… que só cresce. No entanto, tudo indica que o Estádio Defelê, sede dos jogos do Real Brasília, continuará interditado para o público. Assim como já ocorreu nas categorias Sub-11, Sub-13 e Sub-15.

Enquanto isso, o Sobradinho, outro semifinalista, opta por jogar em estádios alternativos justamente para poder contar com o apoio da torcida.

Uma cultura que precisa mudar

Brasília recebe atletas de todo o país e tem enorme potencial para formar talentos. É uma maternidade de craques que se vão daqui antes mesmo de atuar nos campeonato oficiais, os federados, organizados pela Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF). Mas, sem público, o espetáculo fica incompleto. Nas periferias do Brasil, a torcida se organiza até em volta do campinho de rua ou do campinho de terra, que tem mais terra que grama, para apoiar o time do bairro. E aqui, o que está faltando?

Por quanto tempo ainda?

Até quando o Defelê vai continuar de portas fechadas para o torcedor?
Até quando o futebol de base vai seguir sem o calor da arquibancada?

O futebol do Distrito Federal precisa de mais do que estrutura.
Precisa de vida, voz, vontade e vibração.

Texto e Foto: Luciano Villalba Neto / BSB Sporting

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